Fugindo da futilidade geral do dia, completamente atípico, deixando de lado o entorno, me deparei hoje por uma simples coincidência com "Dia Internacional da Mulher" e com a pura diversidade das mulheres sanguíneas da minha vida.
Começando pelo impulso matinal, talvez inconsciente, usei como adorno um vestido leve bege e uma sandália com um salto medianamente confortável, acompanhando o sobre tom do vestido. Delineei nos lábios uma cor de terra e para assinar o visual antes de sair, orvalhei um pouco do meu perfume.
Isso foi suficiente para no início do meu "atípico dia", me encontrar com as mulheres de sangue da minha vida. Me deparei com a minha mãe perguntando quem era a moça que havia acabado de adentrar. Com um sorriso perceptivo atravessando os olhares das demais, calmamente me identifiquei para o sobressalto dela.
Facilmente traduzi que eu estava sutilmente travestida. Ela esperava a moça de calça jeans, blusa de malha e algum All Star.
Em segundos o clima voltou à temperatura normal e eu prontamente fui acarinhar com profunda saudade todas elas...
Por quase 5 horas das minhas 25 horas do dia, pude viajar pelo prazer verdadeiro de me deixar levar por um amor acolhedor de todos aqueles afagos, beijos, sorrisos e abraços.
...E pela magia da vida ao alcance do meu olhar, logo avistei as prósperas mulheres do meu sangue do futuro.
Salvei hoje umas quatro sessões de terapia. Era só me dar a oportunidade de observar.
Lá estavam:
A sorridente, contagiante, extrovertida e alienada mulher.
Outra mãe passional, dedicada e com a força do mundo nas mãos.
Uma insuportável egoísta decepção: Uma filha longe de saber reconhecer o que é ter como mãe uma grande mulher.
E tinha uma guerreira, refletindo com a calmaria do seu olhar todas as suas conquistas.
Muitas e muitas que lá estavam compunham a exposição da história da minha vida.
Pude relembrar, viver e prever infinitas coisas.
Inusitadamente hoje compartilhei o "Dia Internacional da Mulher" com a maioria das mulheres da minha grande família, que são em média umas 30.
Agora já estou embalada para dormir ao som das lembranças das risadas, do cheiro, dos olhares e das verdadeiras diferenças que complementam a minha amada família.
Isso me torna caçula, criança e cuidada como sempre...
Amanhã, nas minhas próximas 25 horas, ao acordar, já serei novamente a forte, determinada e independente mulher.
Deixo-me agora aproveitar essa rara sensação dessas próximas horas de sono que tenho.
Salve as mulheres de sangue!
domingo, março 09, 2008
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